"Somos todos culpados de um crime, do grande crime de não viver a vida na sua totalidade. (...) Ninguém ousou ainda, verdadeiramente, avaliar as potencialidades existentes em nós. Compreenderemos que são infinitas no dia em que admitirmos, para conosco, que a imaginação é tudo. A imaginação é a voz da ousadia."...
"Não tenho dinheiro, nem recursos, nem esperanças. Sou o mais feliz dos homens vivos. Há um ano, há seis meses, eu pensava ser um artista. Não penso mais nisso. Eu sou. Tudo quanto era literatura se desprendeu de mim. Não há mais livros a escrever, graças a Deus.
E isto então? Isto não é um livro. Isto é injúria, calúnia, difamação de caráter. Isto não é um livro, no sentido comum da palavra. Não, isto é um prolongado insulto, uma cusparada na cara da Arte, um pontapé no traseiro de Deus, do Homem, do Destino, do Tempo, do Amor, da Beleza.... e do que mais quiserem. Vou cantar para você, um pouco desafinado talvez, mas vou cantar. Cantarei enquanto você coaxa, dançarei sobre seu cadáver sujo..."
...
esta citação de miller no tao da bicicleta é apenas para os refreadores, ou seja, aqueles que refreiam seus desejos. para aquele que, segundo william blake, refreando-se, aos poucos se apassiva, até não ser mais que a sombra do desejo. não tenho respostas, verdades, "nada é verdadeiro". a proposta aqui é andar à deriva, de preferencia em outros mundos. esse blog tem a intenção do riso, com a seriedade de uma criança. fala de coisas simples, como andar de bicicleta e vida, e de coisas complexas, como o caos e vida.
de alguma maneira todos os textos aqui tratam de um mesmo tema - a vida, o imaginário. e tem como princípio o caoísmo/taoísmo e a liberdade de viver cada dia como se fosse o último. em suma, o que proponho é uma meditação explosiva, algo entre o terrorismo e a poesia, mas de forma tão inusitada e despretensiosa quanto um "passeio" de bicicleta.
#walter sarça
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